Mulheres: De objeto a objetivo da transformação social

A Recíproka entende as mulheres como um dos elos mais suscetíveis aos diferentes tipos de vulnerabilidade, contudo também um dos principais vetores de transformações sociais.

Isso porque, quando uma mulher é impactada positivamente, ela se transforma em uma articuladora capaz de catalisar a transformação social no seu entorno.

Amartya Sen, renomado estudioso e Nobel de Economia, defende em sua obra que as mulheres são vistas cada vez mais como agentes ativos de mudanças.

Articulação feminina e o poder da rede de apoio

Pesquisas recentes demostram como a emancipação feminina na sociedade moderna tem contribuído para a circulação das mulheres em vários outros contextos.

Essas interações mantidas pelas mulheres implicam compartilhar propósitos e valores aos demais integrantes, o que acaba não só transformando a qualidade das conexões mas também resultando em redes de apoio mútuo, que trazem melhorias concretas não só para a vida destas mulheres, como também para coletivo e as organizações envolvidas.

Assim sendo, para superar as adversidades do cotidiano familiar e da comunidade, atuam como articuladoras e mantenedoras das relações revelando potencial de organização e articulação.

Ângela Davis, referência mundial por seu ativismo afirma: “Quando uma mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”.

É o poder da articulação feminina na formação de redes de apoio, transformando o sistema como um todo.

Independência financeira feminina e desigualdade social

Muhammad Yunus fundou o Grameen Bank em 1976, com o objetivo de contribuir para a erradicação da pobreza do mundo por meio de microcréditos.

E adivinha quem se tornou o vetor dessa transformação? 98% dos beneficiários do Grameen Bank eram mulheres.

A taxa de inadimplência era mínima e as mudanças sociais positivas resultantes no território são incontestáveis, validando a relevância dos organismos financeiros na libertação e alavancagem do poder de transformação feminino, especialmente em contextos de desigualdade social. Yunus e o Grameen Bank venceram o Nobel da Paz em 2006.

Só no Brasil, já são mais de 10,3 milhões de donas de seus próprios negócios.

Estudo realizado com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2022, o percentual de empreendedoras chegou a 34,4% no país (Estadão).

De olho na tendência, governos e bancos privados têm lançado linhas de crédito e produtos específicos para mulheres empreendedoras. Contudo, ainda há muito que fazer.

Empoderamento – Ações estruturais de apoio à mulher

Em 2020, quando começou o isolamento em razão da pandemia, a ONU Mulheres lançou um alerta mundial, advertindo autoridades políticas, sanitárias e organizações sociais sobre como o Covid-19 e o isolamento social poderiam afetar as mulheres – tanto em razão da sobrecarga de trabalho como através do incremento dos índices de violência doméstica e diminuição de acesso a serviços de atendimento.

De fato, dados apontaram aumento de 22% nos casos de feminicídio no Brasil nos primeiros meses (FBSP, 2020).

Outro dado relevante é que 7 milhões de mulheres deixaram seus postos de trabalho no início da pandemia, 2 milhões a mais do que o número de homens na mesma situação. (PNAD, 2021).

O mesmo alerta mundial da ONU aponta que, ao longo da história da humanidade, toda crise social atingiu com mais intensidade as mulheres. Portanto, mais do dinheiro na mão ou “empoderamento” midiático, são necessárias ações de resgate e libertação estruturais se quisermos ver uma grande transformação do tecido social.

E a Recíproka com isto? 

Acreditamos na força feminina como o motor de transformação da sociedade – por isso as mulheres são o foco do desenvolvimento de nossas iniciativas sociais.

Para nós, +MULHERES COM RENDA = – DESIGUALDADE SOCIAL.

Nascemos do sonho de 3 mulheres que também cresceram em regiões periféricas, que trabalham com impacto social há anos e que sabem, na prática, do poder que a educação e as mulheres têm na redução das desigualdades sociais.

Na Recíproka, todo projeto de planejamento tem parte de seu investimento revertido para o Movimento Planeja Perifa: uma iniciativa voltada às mulheres das comunidades, que tem o objetivo de promover acesso a condições de trabalho e geração de renda por meio do desenvolvimento de habilidades de planejamento de novos negócios, planejamento financeiro e planejamento familiar.

No território em que a Recíproka escolheu para atuar implantando o Planeja Perifa, 54% das famílias são chefiadas por mulheres com até 5 filhos, 33% das famílias se encontram em situação de desemprego, 40% estão em atividade profissional formal, 9% em atividade no mercado informal, 3% são aposentadas.

Bora transformar a realidade da sua empresa e das mulheres nas comunidades ao mesmo tempo?

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