Dia Nacional da Inovação: Hora de refletir e avançar.
Inovação não é um tema exclusivamente contemporâneo. Schumpeter, importante economista austríaco, procurava explicar a relação entre inovação e desenvolvimento econômico em 1939. Ele diferenciou os conceitos de inovação incremental e radical, sendo o primeiro referente a uma evolução de algo que já existe, enquanto o segundo aborda uma tecnologia diferente de qualquer outra existente.
Desde 2010 no Brasil, 19 de outubro é o dia nacional da inovação. Data escolhida em homenagem ao Santos Dumont. Para além de homenagear esse brasileiro inovador, a criação da data objetivou desenvolver uma economia sustentável e competitiva. E convenhamos, todo esforço é válido. No índice Global de Inovação, ainda que tenha crescido algumas posições, o Brasil ficou em 49º lugar entre 132 países (2023).
Por que os negócios precisam inovar?
A principal resposta para esta pergunta é: Para se manterem no jogo do mercado de forma relevante. A partir da inovação os negócios desenvolvem novas soluções para mercados que ainda não existem, mas também expandem e otimizam sua entrega para os atuais clientes. Neste sentido, os horizontes de inovação representam um framework estratégico que organiza projetos de inovação de forma balanceada para o curto, médio e longo prazos.
Classificados como H1, H2 e H3, cada um deles tem um foco especifico e particularidades que farão a empresa se manter competitiva e sustentável.
É necessário desmistificar que toda inovação é disruptiva, porque essa não é a verdade. É tanto possível quanto necessário inovar no que se faz no dia a dia e todos os negócios deveriam se dedicar a inovar nas três frentes (core, adjacente e transformacional), garantindo evolução contínua, dadas as proporções, em cada uma delas. Portanto é preciso ficar claro que, enquanto a inovação incremental (core) explora ambiente mais seguro e com retorno mais previsível, a inovação transformacional ou disruptiva precede riscos sobre investimento, com retorno que pode ser bem alto ou nenhum. Partindo desta premissa, empresas que almejam retornos a curto prazo, intensificam atuação na inovação incremental, enquanto aquelas que compreendem que é preciso antecipar as tendências e olhar para o futuro, vão trabalhar com longo prazo e maior risco.
Organizações ambidestras coordenam os diferentes esforços em inovação.
A ambidestria organizacional é a capacidade de uma empresa ou organização de equilibrar e gerenciar simultaneamente duas atividades aparentemente conflitantes: a exploração e a exploração.
- Exploração: Refere-se à busca de inovação, experimentação e desenvolvimento de novas capacidades, produtos ou serviços, pois é uma abordagem voltada para o futuro, focada em identificar e capturar novas oportunidades no mercado. Isso pode incluir pesquisa e desenvolvimento (P&D), inovação disruptiva, e a criação de novos modelos de negócio.
- Explotação: Consiste em maximizar a eficiência e a eficácia nas operações existentes, pois envolve melhorar processos, otimizar recursos e obter mais valor das competências e ativos atuais da organização. A explotação se concentra na estabilidade, eficiência e na execução dos modelos de negócios já estabelecidos.
As técnicas, processos e percepções de uma estratégia ambidestra permitem que inovações disruptivas e inovações tradicionais, do atual modelo de negócios coexistam e se complementem.
O que é Inovação Aberta?
O conceito de Open Innovationquebra o paradigma tradicional de inovação que prevê o uso de uma estrutura e processos fechados em que atividades de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias e novos produtos são feitas internamente, antes de serem levadas ao mercado.
Quando Henry Chesbroug cunhou o termo inovação aberta em 2003, ao evidenciar que as empresas passavam por uma mudança estrutural na sua forma de inovar que antes era fechada e agora passava a ser aberta, com as ideias que enchem o funil de inovação entrando e saindo ao longo de todo o processo, misturando-se com outras ideias, originando outras ideias, novos formatos e até novos negócios, o mundo da inovação já não era mais o mesmo, mas sua contribuição foi tamanha ao constatar por meio de cases e estudos publicados que isto já acontecia não apenas nas empresas mas também se alastrava pelas organizações da sociedade civil e também pelos governos.
Um exemplo real, recente e que o mundo todo assistiu de Inovação Aberta foi a rápida mobilização de cientistas, empresas farmacêuticas e governos para lançar uma variedade de iniciativas cientificas com o objetivo de encontrar uma resposta eficaz contra o vírus da Covid-19 durante a pandemia. Segundo Chesbrough, a abertura do fluxo de informações mobilizou o conhecimento de muitos lugares, pois fez com que o aprendizado sobre o vírus ganhasse celeridade. A abertura do fluxo de informações de forma colaborativa, desencadeou o que o autor chama de um exército voluntário de pesquisadores que, trabalhando em suas próprias instalações, em diferentes fusos horários e diferentes países, percorreram a busca pela solução.
Quais os principais benefícios da Inovação Aberta para os negócios?
- Agrega valor ao negócio;
- Possibilidades de construir novas avenidas de crescimento/novos mercados;
- Criação de novas fontes de receita;
- Aprimorar o portfólio de soluções;
- Contribuir positivamente para imagem e reputação.
Todo negócio inovador é uma startup?
Essa é uma dúvida frequente. Mas não, nem todos os negócios inovadores são startups, embora seja muito comum conhecer negócios inovadores com jeitão de startups por aí.
- Um modelo de negócios inovador se transforma para competir com mais eficácia no mercado, pois no centro da inovação do modelo de negócios, está a necessidade de criar novos produtos, serviços ou modelos organizacionais que melhorem sua proposta de valor. Características principais: Inovação, planejamento e pesquisa, novos produtos ou serviços.
- Startup é uma empresa que nasce a partir de um modelo de negócio ágil e enxuto, capaz de gerar valor para seu cliente resolvendo um problema real, do mundo real. Oferece uma solução escalável para o mercado e, para isso, usa tecnologia como alavanca principal. Características principais: Inovação, planejamento e pesquisa, pouca burocracia, escalabilidade e tecnologia, custos acessíveis.
Como inovar no seu negócio?
Inovação é um processo que exige dedicação, organização, gestão do conhecimento e direcionamento estratégico da organização. Não tem receita de bolo, mas é preciso estudo, acompanhamento das tendências e movimentos, além de outras atividades importantes para conceber a inovação dentro de casa. Algumas competências para inovar, podem e devem ser estimuladas pelos negócios, são elas:
- Curiosidade
- Associação de ideias
- Orientação a Dados
- Insurgência
- Experimentação
- Networking
- Viabilização: “E se”
A Recíproka aplica modelos de inovação que podem te ajudar!
Os modelos de inovação permitem que as empresas explorem novos mercados e oportunidades de crescimento, a partir do desenvolvimento de novos produtos ou da entrada em segmentos de mercado inexplorados. A seguir, alguns dos principais modelos aplicados pela Recíproka:
Programa de intraempreendedorismo
Estruturar um programa de intraempreendedorismo é fundamental para estimular e identificar pessoas com perfil inovador. É bem verdade que é preciso oferecer a estas pessoas ferramentas necessárias para desenvolver suas ideias, o que eventualmente, pode exigir investimento da organização.
Programa de inovação aberta
Um programa de Inovação Aberta parte da identificação dos desafios da empresa e do desenvolvimento de um pacote atrativo para que negócios inovadores e startups sejam atraídos para o programa e se apliquem aos desafios identificados, com objetivo de ter uma aplicação prática de suas soluções em ambiente real. Importante reforçar que, neste modelo, a ativação de um ecossistema de inovação é premissa para a realização do programa.
Time de inovação dedicado
Ter um time de inovação interna é interessante para se diferenciar e acompanhar em tempo real as novidades do mercado. Contar com colaboradores especialistas no assunto e focados em inovação, pode dar à empresa mais eficiência, pois facilita a criação de novas soluções, além de melhorar os produtos e serviços já existentes.
Hub de inovação
Um hub de inovação é um espaço dedicado à inovação, que pode ficar dentro ou fora da empresa. Geralmente estes espaços funcionam como um lugar de colaboração e compartilhamento de ideias. Esse modelo geralmente agrega valor ao recrutamento de talentos, pelo fato de a empresa ter a práticas inovadoras, oferecer acesso ao ecossistema de inovação e monitorar o surgimento de novas tecnologias.
Aceleradora externa
A aceleradora externa é um modelo que permite a empresa usufruir de uma rede de negócios inovadores já estabelecida, administrada por outras organizações e, desta forma, ter a oportunidade de encontrar startups que tenham soluções para resolver seus desafios de forma mais eficiente.
Investimento e aquisição
Outro modelo de inovação corporativa que a empresa pode aproveitar é adquirir novos negócios. Este caminho permite investir em empresas iniciantes e ter uma participação neles, mantendo um relacionamento estreito e contínuo.
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